Como saber se o processo psicoterapêutico está funcionando?

“Sabe aquele momento da faxina em que a limpeza já foi feita mas os móveis e cadeiras continuam fora do lugar, ainda de perna pro ar? É assim que me percebo agora, gostaria de poder voltar as coisas para o lugar…"

Essa foi uma metáfora dita por uma paciente durante uma sessão em que contava sobre como se sentia, ainda em um dos momentos iniciais da psicoterapia, o que pode nos ajudar a pensar a respeito do quanto o processo da psicoterapia não necessariamente traz resultados imediatos, mas ainda assim estão em funcionamento.

Nesse mesmo modo poético de dizer a paciente compartilhou a respeito da sensação de que a psicologia a ajuda a realizar tal faxina, mas por vezes não auxilia durante a sessão a voltar as coisas para o lugar. Essa é uma queixa comum a respeito do processo terapêutico.

Notamos o quanto muitas vezes os pacientes chegam buscando por respostas prontas e imediatas, já desejando dar fim aquilo que percebe como um “problema”, quando na verdade precisamos mesmo é de levantar tudo para o alto, tirar as coisas do lugar e ter de fato um investimento de tempo e energia, assim como em um longo dia de faxina para, a partir disso, conseguirmos juntos realizar uma boa limpeza.

Diante disso, os profissionais psicólogos, são realmente facilitadoras e acompanhantes, mas também em alguns momentos deixam para a própria pessoa algumas movimentações que apenas ela mesma pode fazer, e nem por isso está a deixando sozinha.

É importante compreender que esse momento de certa bagunça é uma das partes cruciais de todo o processo, sendo que algumas vezes teremos que permanecer por um tempo nesse estado. Daqui, diante das experiências com faxinas, compreendemos o quanto pode ser trabalhoso e até mesmo difícil de se iniciar, mas também sabemos bem o quanto é satisfatório passar pelo processo e ter a nossa própria casa limpinha após nos dedicarmos a tal tarefa.

E por aí, como andam as faxinas de si?

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